Natal!

Numa época festiva
Em que tudo parece tão belo
Se torna negativa
Por um gesto de modelo!

Prenda dada sem sentimento
De quem nunca se lembra
Onde nem existe um momento
Nem a imagem da nossa sombra!

Num dia de união
Que existe de por ano
E que depois se torna numa separação

Onde se mostra a grandeza
Sobre um pano
Que acaba num manto de frieza!

Na hora da morte!

Olhares ocultos,
Guiam-te pela estrada fora.
Afastando todos os vultos,
Que te castigam a toda hora!

Ao te perderes em pensamentos,
Deixas a vida;
Sem sentires os momentos,
Tornas-te esquecida!

Na hora de morrer
Lembras-te das tuas alegrias,
Das alturas sem sofrer.

Sentir que irás perder
Pelo passado feito de agonia
Por uma vida feita, sem saber!